Minhas impressões do “Lollapalooza 2014″ – do sofá de casa, claro (parte 1)
Como vocês já devem saber, o tio Regis aqui não tem mais o menor saco de encarar longas maratonas em festivais. Sempre que possível, procuro acompanhar estes eventos do melhor lugar do mundo – o amplo e confortável sofá de meu apartamento, com boa companhia, petiscos e bebidas diversas. Dá para assistir numa boa, sem empurrões, sem gente suada e fedorenta esbarrando em você e sem ter que brigar feio com a pessoa postada à sua frente, que teima em assistir ao show inteiro pelo visor de seu celular. Quando soube então que a edição brasileira do Lollapalooza 2014 iria rolar no autódromo de Interlagos, em São Paulo, com palcos separados por quilômetros entre si, nem pensei duas vezes.
Atendendo aos sempre gentis pedidos de meus parcos leitores, trago aqui as impressões que tive ao assistir no conforto do meu lar a algumas apresentações. Aqui estão apenas algumas delas. Amanhã publicarei o restante. Ah, e não obedeci a qualquer ordem cronológica, já que isto não tem importância a esta altura dos acontecimentos. Vamos lá!
VAMPIRE WEEKEND
Poucas bandas fazem um som tão ‘bunda mole’ quanto esta turma de Nova York. E ao vivo eles até que surpreendem: tudo fica muito pior! Canções absurdamente insípidas, integrantes sem um pingo de carisma e um som que… Meu Jesus, os caras soam como uma mistura do Chiclete com Banana com algum grupo de festa de casamento em um navio. Parece uma micareta cheia de gente que se acha descolada só porque compra discos importados. Que troço horrível!
Poucas bandas fazem um som tão ‘bunda mole’ quanto esta turma de Nova York. E ao vivo eles até que surpreendem: tudo fica muito pior! Canções absurdamente insípidas, integrantes sem um pingo de carisma e um som que… Meu Jesus, os caras soam como uma mistura do Chiclete com Banana com algum grupo de festa de casamento em um navio. Parece uma micareta cheia de gente que se acha descolada só porque compra discos importados. Que troço horrível!
NEW ORDER
Quem diria que um dia o som da banda iria se transformar em “trilha sonora para tiozinho moderno”, hein? Pois é exatamente o que a banda liderada por um dos sujeitos mais sem carisma da galáxia – Bernard Sumner – se transformou: em um pastiche de si mesma. Não importa que o baterista Stephen Morris e a tecladista Gillian Gilbert ainda estejam na banda e que o baixista Tom Chapman tente tocar as famosas linhas de baixo do demitido Peter Hook e o faz com competência, a mesma demonstrada pelo outro guitarrista, Philip Cunningham, que é quem realmente segura a onda nas seis cordas. Desafinado e por vezes mal humorado, Summers tem tudo para inaugurar uma temporada de bandas dos anos 80 fazendo o circuito dos cassinos em Las Vegas...
Quem diria que um dia o som da banda iria se transformar em “trilha sonora para tiozinho moderno”, hein? Pois é exatamente o que a banda liderada por um dos sujeitos mais sem carisma da galáxia – Bernard Sumner – se transformou: em um pastiche de si mesma. Não importa que o baterista Stephen Morris e a tecladista Gillian Gilbert ainda estejam na banda e que o baixista Tom Chapman tente tocar as famosas linhas de baixo do demitido Peter Hook e o faz com competência, a mesma demonstrada pelo outro guitarrista, Philip Cunningham, que é quem realmente segura a onda nas seis cordas. Desafinado e por vezes mal humorado, Summers tem tudo para inaugurar uma temporada de bandas dos anos 80 fazendo o circuito dos cassinos em Las Vegas...
NINE INCH NAILS
Para mim foi a melhor coisa que assisti nos dois dias. Pesado, soturno, claustrofóbico – aquelas ‘estrobos’ na cara devem provocar um AVC coletivo em uma manada de rinocerontes – e com um repertório arrasador, sem concessões, o show de Trent Reznor e seus asseclas foi daquelas experiências sensoriais difíceis de traduzir em palavras. Foi a única apresentação que me fez arrepender de não ter ido ao local...
Para mim foi a melhor coisa que assisti nos dois dias. Pesado, soturno, claustrofóbico – aquelas ‘estrobos’ na cara devem provocar um AVC coletivo em uma manada de rinocerontes – e com um repertório arrasador, sem concessões, o show de Trent Reznor e seus asseclas foi daquelas experiências sensoriais difíceis de traduzir em palavras. Foi a única apresentação que me fez arrepender de não ter ido ao local...
PIXIES
Mesmo sentindo muito a ausência da baixista vocalista Kim Deal – sua substituta, a argentina Paz Lenchantin, é simpática e segura a onda, mas não tem carisma -, a apresentação do grupo liderado por Black Francis mostrou um show surpreendentemente bom, quase animado, se comparado às apresentações anteriores que presenciei. Repertório cheio de clássicos e algumas músicas novas meio chinfrins deram para o gasto. Agora, alguém precisa dar um longo e caloroso abraço no guitarrista Joey Santiago. Vá tocar desanimado assim na casa do c...
Mesmo sentindo muito a ausência da baixista vocalista Kim Deal – sua substituta, a argentina Paz Lenchantin, é simpática e segura a onda, mas não tem carisma -, a apresentação do grupo liderado por Black Francis mostrou um show surpreendentemente bom, quase animado, se comparado às apresentações anteriores que presenciei. Repertório cheio de clássicos e algumas músicas novas meio chinfrins deram para o gasto. Agora, alguém precisa dar um longo e caloroso abraço no guitarrista Joey Santiago. Vá tocar desanimado assim na casa do c...
SAVAGES
Fiquei absolutamente surpreso com o som destas meninas londrinas, que eu sinceramente não conhecia. Para quem sempre gostou de Siouxsie & The Banshees, Gang of Four, XMal Deutschland e Elastica – como é o caso do tio aqui -, o som das meninas tem ganchos suficientes para capturar a atenção dos ouvintes mais criteriosos e atentos. Vou comprar o único álbum delas, Silence Yourself, ainda esta semana...
Fiquei absolutamente surpreso com o som destas meninas londrinas, que eu sinceramente não conhecia. Para quem sempre gostou de Siouxsie & The Banshees, Gang of Four, XMal Deutschland e Elastica – como é o caso do tio aqui -, o som das meninas tem ganchos suficientes para capturar a atenção dos ouvintes mais criteriosos e atentos. Vou comprar o único álbum delas, Silence Yourself, ainda esta semana...
SOUNDGARDEN
Tudo bem que a voz de Chris Cornell não alcança mais aqueles agudos do passado e que o cara deu uma ‘atravessada’ monumental em “Outshined”, mas o show da banda foi surpreendente bom para quem já presenciou as sorumbáticas apresentações do passado. Grande parte disto se deve à ótima performance do baterista Matt Chamberlain, um músico de estúdio que já tocou com todo mundo que você possa imaginar – é ele que aparece, por exemplo, no vídeo de “Alive”, do Pearl Jam – e que imprimiu uma dinâmica mais intensa ao optar por grooves mais retos e pesados, sem excesso de viradas. Junte isto à sempre competente dobradinha guitarra/baixo do sisudo Kim Thayil e do figuraça Bem Shepherd, mais um repertório de ótimas canções, e a apresentação rendeu muito bem. Ah, e o Cornell desafinou muito menos do que andam apregoando por aí. Muita gente precisa conhecer o significado real de “desafinação”, porque o que tem de ‘especialista’ falando/escrevendo merda por aí não é brincadeira...
Tudo bem que a voz de Chris Cornell não alcança mais aqueles agudos do passado e que o cara deu uma ‘atravessada’ monumental em “Outshined”, mas o show da banda foi surpreendente bom para quem já presenciou as sorumbáticas apresentações do passado. Grande parte disto se deve à ótima performance do baterista Matt Chamberlain, um músico de estúdio que já tocou com todo mundo que você possa imaginar – é ele que aparece, por exemplo, no vídeo de “Alive”, do Pearl Jam – e que imprimiu uma dinâmica mais intensa ao optar por grooves mais retos e pesados, sem excesso de viradas. Junte isto à sempre competente dobradinha guitarra/baixo do sisudo Kim Thayil e do figuraça Bem Shepherd, mais um repertório de ótimas canções, e a apresentação rendeu muito bem. Ah, e o Cornell desafinou muito menos do que andam apregoando por aí. Muita gente precisa conhecer o significado real de “desafinação”, porque o que tem de ‘especialista’ falando/escrevendo merda por aí não é brincadeira...
PHOENIX
Não é sempre que aparece uma banda francesa que faça um trabalho digno de nota. Por isto, deu para aproveitar o fato deste quarteto aparecer por aqui com um show bem ‘redondinho’, contando ainda com a plateia ganha de antemão por conta de seus bons álbuns. Performance correta, bom repertório formado por canções escolhidas a dedo... Não chegou a ser apoteótico para mim, mas para quem estava na plateia e tinha idade mental inferior a 22 anos, deve ter sido divertido...
Não é sempre que aparece uma banda francesa que faça um trabalho digno de nota. Por isto, deu para aproveitar o fato deste quarteto aparecer por aqui com um show bem ‘redondinho’, contando ainda com a plateia ganha de antemão por conta de seus bons álbuns. Performance correta, bom repertório formado por canções escolhidas a dedo... Não chegou a ser apoteótico para mim, mas para quem estava na plateia e tinha idade mental inferior a 22 anos, deve ter sido divertido...
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