quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Alicia Keys,a única e mutante ,princesa do soul!

Alicia Keys!!!

































Alicia Keys (nome artístico de Alicia Augello-Cook; Nova Iorque, 25 de Janeiro de 1981) é uma cantora de R&B/soul, pianista, compositora, produtora musical e actriz norte-americana. Keys é uma artista de renome, tendo vendido mais de 30 milhões de álbuns e 25 milhões de singles, o que faz dela uma das artista mais bem sucedidas da sua era. Ao longo de sua carreira, já arrecadou mais de dez Grammys , dez Billboard Music Awards e cinco American Music Awards. Alicia é conhecida mundialmente por canções como "Fallin", "You Don't Know My Name", "If I Ain't Got You", "No One" e "Empire State of Mind".
Iniciou uma incursão no mundo do cinema, em 2007, com a comédia de acção Smokin' Aces e The Nanny Diaries, ao lado de Scarlett Johansson. Em 2008, protagoniza o filme The Secret Life of Bees, com as também estrelas da música, Jennifer Hudson e Queen Latifah.
Em 2010, o canal de música VH1 incluiu Alicia Keys na lista dos "100 Maiores Artistas de Todos o Tempos".


Os primeiros anos


Foi como actriz que se estreou nos meandros artísticos, com a participação na série de televisão The Cosby Show, aos quatro anos de idade. Começou a tocar piano quando tinha sete anos, tocando compositores como Beethoven, Mozart e Chopin. Compôs a sua primeira canção, "Butterflyz" aos catorze anos de idade; canção que foi incluída no seu primeiro álbum.
Com dezasseis anos formou-se como a melhor aluna de sua sala na Escola de Artes Profissionais, uma escola pública de Manhattan, tendo ainda frequentado a Universidade de Colúmbia antes de se dedicar definitivamente à carreira musical. Keys gravou uma demo e enviou-a a Jermaine Dupri do selo musical So So Def, distribuído pela Columbia Records. Gostando do que ouviu, Dupri assinou um contrato com ela. A canção "Dah Dee Dah (Sexy Thing)" foi a primeira gravação profissional de Keys num estúdio, no entanto, essa canção nunca foi lançada como single, mas fez parte da banda-sonora do filme Men in Black (de 1997).
Descontente com a Columbia Records, Alicia recorreu a Clive Davis (quem descobriu Whitney Houston na década de 1980 ), que assinou com ela pela Arista Records. Logo após, a Arista dissolve-se e Keys foi convidada a unir-se ao novo selo de Clive, a J Records, onde gravou as canções "Rear View Mirror" e "Rock With You" incluídas nas bandas-sonoras dos filmes, Shaft e Dr. Dolittle 2, respectivamente (lançados em 2000). Em 2001, lança lança seu primeiro álbumSongs in A Minor, vendendo 236 mil cópias, só na primeira semana.

Em Maio de 2010 a cantora anuncia a sua gravidez e casamento com o rapper Swizz Beatz. No mesmo ano, em 10 de Junho, participa juntamente com os Black Eyed Peas, Shakira, Juanes, entre outros, no concerto de abertura do Campeonato Mundial de Futebol 2010, na África do Sul. No dia 14 de Outubro de 2010, nasceu em Nova Iorque, o primeiro filho do casal, Egypt Daoud Dean.



Carreira musical


O primeiro álbum de Keys, Songs in A Minor, foi lançado nos Estados Unidos em Junho de 2001, e estreou na primeira posição na lista dos mais vendidos da Revista Billboard, vendendo 236 000 cópias na primeira semana (50 000 delas no primeiro dia). Venderia mais de dez milhões de cópias no mundo todo, estabelecendo a popularidade de Keys dentro e fora dos Estados Unidos. O primeiro single do álbum, "Fallin'", passou repetitivamente em rádios de diferentes estilos musicais (do R&B e Hip-Hop ao pop) e ficou seis semanas na primeira posição da lista dos singles mais vendidos da Billboard. Em Setembro de 2001, Keys interpretou "Someday We'll All Be Free" de Donny Hathaway no concerto transmitido por diversas cadeias de televisão dos Estados Unidos America: A Tribute to Heroes dedicado às vítimas dos ataques terroristas de 11 de Setembro Este concerto foi lançado a 4 de Dezembro de 2001 em CD e DVD.
O segundo single de Songs in A Minor, "A Woman's Worth", ficou entre os dez mais vendidos nas América. Com este álbum, Alicia ganhou cinco Grammys em 2002, incluindo Melhor Artista Revelação e Canção do Ano com "Fallin'", feito só antes conseguido por Lauryn Hill. Mais tarde, em 6 de março de 2002, Keys lançou Remixed & Unplugged in A Minor, uma re-edição de com oito remixes e sete versões acústicas.
O terceiro single lançado de Songs in A Minor, "How Come You Don't Call Me" foi um relativo fracasso para Keys, atingindo a posição número cinquenta e nove entre os mais vendidos da Billboard. No entanto, o single "Gangsta Lovin'" (um dueto que Keys fez com a rapper Eve para o álbum Eve-Olution) atingiu a segunda posição entre os mais vendidos daquela publicação. O quarto e último single de Songs in A Minor, "Girlfriend", foi lançado apenas fora dos Estados Unidos, e atingiu a décima terceira posição no ranking dos mais vendidos da Austrália segundo a ARIA.
Em Junho 2011, é lançado Songs in A Minor - 10th Anniversary Edition uma edição comemorativa dos dez anos de Songs in A Minor, contendo três versões, sendo uma "Deluxe", uma para coleccionador e outra em formato vinil. Além das músicas já compostas no álbum lançado em 2001, o reedição incluiu dois temas inéditos e raridades.

The Diary of Alicia Keys

 
Em concerto em Portugal, 2008
Em Dezembro de 2003, Alicia lançou seu segundo álbum, The Diary of Alicia Keys. Elogiado pelos críticos musicais, vendeu mais de 600 000 cópias apenas em sua primeira semana nos Estados Unidos. Até hoje, o álbum já vendeu oito milhões de cópias em todo o mundo. Os primeiros singles lançado do álbum, "You Don't Know My Name" e "If I Ain't Got You", ficaram entre os cinco mais vendidos da Revista Billboard. O terceiro single, "Diary", ficou entre os dez mais vendidos daquela mesma publicação. O quarto e último single lançado do álbum, "Karma", não fez tanto sucesso quanto os outros, aparecendo apenas entre os vinte mais vendidos na lista daquela publicação. "If I Ain't Got You" foi o primeiro single de uma artista feminina a ficar mais de um ano no topo da lista de singles mais vendidos de R&B da Billboard , transformando-a na artista de R&B mais vendida do ano de 2004 nos Estados Unidos.
Nos Grammy Awards de 2005, Alicia ganharia mais quatro: Melhor Álbum de R&B (The Diary of Alicia Keys), Melhor Performance Vocálica Feminina de R&B ("If I Ain't Got You"), Melhor Canção de R&B ("You Don't Know My Name") e Melhor Performance Vocálica de R&B por um Dueto ou Grupo ("My Boo", com Usher).

Unplugged

Em 14 de Julho de 2005, Alicia Keys gravou o seu terceiro álbum, Unplugged (Acústico MTV), na Academia de Música do Brooklyn. Durante essa sessão, Alicia apresentou canções suas com novos arranjos musicais e interpretou alguns covers e ainda duas canções inéditas. Alicia fez um dueto com Adam Levine (Maroon 5) na faixa "Wild Horses" (originalmente gravada pelos Rolling Stones), com os rappers Common e Mos Def em "Love It Or Leave It Alone", e com Damian Marley em "Welcome To Jamrock".
A sessão foi lançada em CD e DVD em 11 de Outubro de 2005. Vendeu quase 245 000 unidades na primeira semana, tornando-se o álbum mais vendido dos Estados Unidos daquela semana, segundo a Revista Billboard. Até hoje já vendeu 1 milhão de cópias somente nos Estados Unidos e quase 2 milhões a níveis mundiais. Este álbum foi o mais vendido de sempre de uma artista feminina num Acústico MTV e o maior de todos os Acústicos desde o MTV Unplugged in New York da banda Nirvana em 1994. Unplugged recebeu quatro nomeações para os Grammys , apesar de não ter levado nenhum para casa. Ganhou três prémios da NAACP, incluindo Melhor Canção do Ano e Melhor Videoclipe para "Unbreakable".

As I Am

As I Am, o quarto álbum de estúdio da cantora, foi lançado no dia 13 de Novembro de 2007 nos Estados Unidos, vendendo na primeira semana 742 000 cópias. O seu primeiro single, intitulado "No One", esteve onze semanas no Top3, sendo cinco delas em número um no Billboard Hot 100. O segundo single, "Like You'll Never See Me Again", atingiu o número doze no Hot 100 e o número um no Hot R&B/Hip-Hop Songs.
Com "No One", keys venceu os prémios de Melhor Performance Vocal Feminina de R&B e Melhor Canção de R&B, na 50ª cerimónia dos Grammy Awards, realizada em 2008.

The Element of Freedom

O quinto álbum de Alicia (quarto de estúdio) saiu no final de 2009. Desde o lançamento de As I Am que a cantora disse pensar no novo álbum, falando de possíveis participações, como um dueto com outra diva americana: Beyoncé. Intitulada de 'Put It in a Love Song', a música foi mesmo realizada. Confessou que a morte de sua avó em pleno processo de criação do álbum a inspirou em certo modo, fazendo-a ver que "é preciso mostrar carinho às pessoas antes de elas irem embora". O álbum inclui o tema "Empire State of Mind (Part II) Broken Down", a segunda parte do hit "Empire State of Mind", colaboração de Alicia com Jay-Z para o álbum do cantor The Blueprint 3. "Empire State of Mind" chegou ao topo do Hot 100 da Billboard. Apesar de The Element of Freedom ter vendido bem na semana de lançamento nos Estados Unidos, o álbum ficou em segundo lugar dos Tops, não derrubando o sucesso do álbum de estreia de Susan Boyle. Deste álbum saíram ainda os singles "Doesn't Mean Anything", "Try Sleeping with a Broken Heart" e "Un-Thinkable (I'm Ready)" em parceria do cantor Drake.
Em 2009, faz ainda uma colaboração com o cantor espanhol Alejandro Sanz em "Looking for Paradise". A canção foi o primeiro single extraído do oitavo álbum de Sanz, Paraíso Express.

Girl on Fire

Girl on Fire é o seu quinto álbum de estúdio, lançado mundialmente em formato CD a 27 de Novembro de 2012, e em Portugal a 26 de Novembro pela RCA Records, depois da J Records ter fechado por decisão da Sony Music Entertainment. O álbum teve como single de avanço a canção homónima "Girl on Fire".
Estreou no topo da tabela Billboard 200, com venda de 159 mil exemplares na primeira semana nos Estados Unidos, e obteve uma média de aprovação de 70% no agregador Metacritic, que se baseou em dezassete resenhas publicadas por críticos musicais.

Estilo musical



As suas canções, normalmente acompanhadas pelo piano, visto Keys ser uma pianista com formação clássica, falam muitas vezes sobre amor, desgostos e o poder feminino
Como inspiração, cita vários músicos, incluindo Prince, Nina Simone, Barbra Streisand, Marvin Gaye , Quincy Jones, Donny Hathaway e Stevie Wonder.
O seu estilo está enraizado no gospel e soul vintage, complementado pelo baixo e sintetizadores. Incorporando fortemente o piano clássico com o R&B, soul e jazz , começou a experimentar outros géneros musicais, como o pop e rock, no seu terceiro álbum, As I Am, e um som neo soul e R&B dos anos 80 e 90 no seu quarto álbum, The Element of Freedom.50 51
A sua classificação vocal é de contralto e a sua extensão vocal varia em 3 oitavas. Muitas vezes referida como "Princess of Soul" ou "Princesa do Soul", é caracterizada por ter um timbre de voz forte, cru e apaixonado.


Discografia:

Álbuns de estúdio
  • 2001: Songs in A Minor
  • 2003: The Diary of Alicia Keys
  • 2007: As I Am
  • 2009: The Element of Freedom
  • 2012: Girl on Fire

Digressões e concerto

  • 2001-2002 - Songs in A Minor Tour
  • 2004 - Verizon Ladies First Tour
  • 2005 - The Diary Tour
  • 2008 - As I Am Tour
  • 2010 - The Freedom Tour
  • 2011 - Piano & I
  • 2013 - Girl on Fire Tour

Site oficial:


http://aliciakeys.com/

terça-feira, 16 de abril de 2013

Madonna é acusada de trabalhar ilegalmente durante shows na Rússia.

Um deputado russo, autor de uma polêmica lei "anti-gays" em São Petersburgo, acusou nesta terça-feira a cantora americana Madonna de ter trabalhado ilegalmente durante dois show que fez na Rússia em 2012, durante os quais defendeu os homossexuais e as Pussy Riot.

"Em agosto de 2012, o tipo de visto de Madonna permitia a ela realizar atividades humanitárias e culturais, mas não comerciais", declarou à AFP Vitali Milonov, deputado local do partido governante Rússia Unidade.

Trata-se de um visto de três meses a título de "intercâmbios culturais", ou seja, "um visto que não permite trabalhar ou ganhar dinheiro na Rússia", explicou o deputado.

No entanto, Madonna fez dois shows, um em São Petersburgo e outro em Moscou em agosto, "nos quais ganhou milhões", afirmou Milonov.

Durante estes shows, a estrela do pop defendeu a causa gay e deu seu apoio às três cantoras punk do grupo Pussy Riot, condenadas por terem criticado o presidente Vladimir Putin.

Organizações ultranacionalistas russas apresentaram uma demanda perante um tribunal de São Petersburgo exigindo da cantora 333 milhões de rublos (8,5 milhões de euros) por perdas e danos, mas a ação foi rejeitada.

Uma lei adotada em fevereiro de 2012 em São Petersburgo por iniciativa de Milonov castiga nesta região qualquer ato público que promova a homossexualidade e a pedofilia, um texto denunciado pelos defensores das liberdades.

link:

http://musica.uol.com.br/noticias/afp/2013/04/16/madonna-e-acusada-de-trabalhar-ilegalmente-durante-shows-na-russia.htm

A verdade por trás do universo sertanejo, “universitário” ou não

 
Por trabalhar há quase duas décadas lidando com o show business como jornalista/editor/redator-chefe em revistas “físicas”, escrevendo aqui no portal do Yahoo! e, mais recentemente, botando minha cara e minhas opiniões sinceras em programas de TV, acabei aprendendo e descobrimento uma série de macetes para entender como funcionam os meandros da carreira dos artistas em geral. Por outro lado, até hoje fico espantado com a ingenuidade do público em relação ao meio artístico e, principalmente, aquilo que se convencionou chamar de “sucesso”.
A própria palavra nos dias de hoje adquiriu um sentido completamente diferente do que era no passado, acompanhado agora por um olhar muito mais frívolo e descartável por parte do público. “Sucesso” significava vender muitos discos, fazer turnês concorridas e estabelecer uma carreira estável e bem equilibrada, não importando o som que o artista fazia. Hoje a palavra se tornou tão banal que vale para qualquer coisa: ter vídeo com milhares de acessos no You Tube (mesmo que falsos), aparecer diariamente em sites de fofocas sem ter feito algo que preste em termos artísticos, ser alvo de chacota por parte do próprio público... Tudo é “sucesso”!
Frequentemente sou abordado nas ruas e várias vezes questionado a respeito de alguns detalhes e situações deste universo. Como disse anteriormente, fico surpreso com a ingenuidade com que as pessoas enxergam este mundo considerado “à parte” pelo povaréu. Explico pacientemente a estas pessoas que tal “mitificação” do meio artístico é um grande erro, já que as pessoas são seres humanos normais, como todo mundo, com defeitos e qualidades. É lógico que muito artista acredita estar acima dos mortais, mas aí é questão de prepotência e egolatria de cada um. O que procuro mostrar, em poucas palavras, é que o meio artístico tem as mesmas características de outros setores profissionais.
Veja, por exemplo, o caso do meio “sertanejo”, seja ele “universitário” ou não. É um universo tão cheio de falcatruas, puxadas de tapetes, fofocas, espionagens, subornos e situações eticamente deploráveis como qualquer outro, seja um banco, uma multinacional, uma indústria, um clube de futebol ou uma empresa qualquer. Resumindo: é um mundo tão podre quanto qualquer outro.
Conversando em “off” com as pessoas envolvidas direta e indiretamente a ele, presenciando cenas e situações inacreditáveis e, ainda por cima, com um certo distanciamento, consegui montar na cabeça um quadro que me permite escrever algumas poucas linhas neste espaço.
Itens como “faturamento”, “público”, “repertório” e “relações profissionais/pessoais” são tratados de maneira muitas vezes nojenta por parte de artistas e empresários. Já escrevi isto algumas vezes e repito agora: se os fãs soubessem o que um artista pensa realmente a respeito de seu público, ninguém nunca mais sairia de casa para ir a um show ou comprar um disco no camelô da esquina.
Outra coisa: há uma enorme rivalidade dentro deste mercado. E isto não é somente protagonizado pelos próprios artistas e duplas, mas principalmente pelos “escritórios de agenciamento”, que detém os direitos de dezenas de nomes, famosos ou não, e que são administrados com mão de ferro por grupos de empresários muito próximos daquilo que a gente conhecia como “Máfia”.
É uma competição sem fim para ver quem faz mais shows, quem cobra os maiores cachês, qual turma é mais poderosa... Shows com pouco público ou eventos que fracassam são motivos de comemoração por “escritórios” rivais. A impressão que se tem é que esta competitividade desenfreada vai render algum prêmio em dinheiro ou troféu no final do ano. A vaidade, a ganância e o ego são muito mais importantes que a música em si.
Este tipo de cenário surgiu quando três “escritórios” diferentes resolveram se unir e montar uma turnê chamada “Amigos”, reunindo três das maiores famosas duplas dos anos 90 – Chitãozinho & Xororó, Zezé Di Camargo & Luciano e Leandro & Leonardo – e que acabaram monopolizando a atenção da maioria dos contratantes de shows do Brasil. E assim continuaria sendo, mas a morte precoce de Leandro fez o projeto ter um fim. Foi a deixa para que dezenas de outros “escritórios” fossem criados para capitalizar um mercado em expansão.
Para você ter uma ideia, o Brasil inteiro tem hoje um grupo de pouco mais de 20 contratantes poderosos, que monopolizam o esquema de contratações de artistas para os eventos mais importantes do ano. Somente os “escritórios” ligados a este grupo conseguem levantar uma boa grana no empresariamento de seus artistas, o que permite o pagamento do famoso “jabá”– agora conhecido eufemisticamente como “verba para divulgação” - para rádios e programas de TV, além de uma série de outras “regalias”. Quem está fora, fica com as migalhas...
É por isto que o tal de “sertanejo universitário” é um verdadeiro celeiro de músicas ruins e artistas sem talento. Todo mundo quer aparecer, pouco importa se por intermédio de uma música de baixíssima qualidade. O que vale é conseguir um hit, comprar um carro de luxo e contar com periguetes na porta dos camarins, implorando você sabe bem pelo quê. Ninguém pensa em uma carreira sólida a longo prazo. Ter “sucesso” hoje é um emprego, um negócio, de curtíssima duração.
É claro que tudo isto acontece nos bastidores. Nos programas de TV e nos shows todo mundo é “amigo”, todo mundo é “bacana”, todo mundo tem “música boa”, todo mundo tem “sucesso merecido”, uns dão tapinhas nas costas dos outros como se fossem todos de uma mesma família... Tudo isto emoldurado por sorrisos de plásticos tão falsos quanto uma nota de R$ 8. Vale qualquer coisa para esconder a realidade das fãs...
Você leu recentemente que o Fausto Silva descobriu um esquema dentro do programa dele – leia aqui– para beneficiar determinados artistas, que pagavam uma bela bolada para membros da produção? Já percebeu que duplas e artistas surgem e desaparecem em um piscar de olhos? Nunca reparou nisto? Então comece a prestar atenção...

Bon Jovi faz som para balzaquianas na menopausa.

 
A música do Bon Jovi sempre foi a epítome da “farofada” para meninas cheias de hormônios que enxergavam roqueiros cabeludos vestidos com roupas de couro e lantejoulas como seus príncipes encantados. Foi, claro, uma época em que as pessoas começaram a assistir videoclipes na TV, e a banda se aproveitou bem desta exposição midiática. Emplacaram várias canções dos álbuns Slippery When Wet e New Jersey nas paradas, cujos clipes eram quase onipresentes nas MTVs da vida.
Só que desde o pavoroso These Days, o som dos caras vem merecendo uma clausura no fundo de uma gaveta bem escura e cheia de mofo. A partir daquela época, gostar de Bon Jovi era assinar atestado de ‘mariquinha’ para os homens e de ‘patricinha metida a roqueira’ para as garotas – com toda a justiça, diga-se de passagem. Hoje, são aquelas mesmas fãs, agora tias balzaquianas na menopausa, com pêlos pubianos já grisalhos e cabelos tingidos com água de salsicha e cheio de reflexos, que ainda mantêm a banda na estrada, lotando os seus shows, mas não necessariamente comprando os seus discos mais recentes. Bem, pelo menos louve-se a fidelidade desta turma...
Você pode achar que minha relação com os discos do Bon Jovi seja mera perseguição, mas a verdade é que a música do grupo, que sempre foi uma piada de tão insípida, vem decaindo de maneira espetacular. Embora mantenha o grupo com um elenco relativamente pequeno, Jon Bon Jovi conta sempre com uma megaprodução de estúdio. Só que o som chega a ser pudico, tamanha é a caretice das canções. E com um agravante, que acompanha o grupo há muitos anos e se tornou ainda mais explícito no mais recente álbum da banda, What About Now: mais uma vez, Jon Bon Jovi pensa que é o Bruce Springsteen.
Ele bem que tenta imitar os mesmos maneirismos e linhas melódicas do “Boss”. O máximo que consegue em faixas como “Pictures of You”, “That's What the Water Made Me”, “What’s Left of Me”, “Beautiful World” e a faixa título é soar como um Bryan Adams com a garganta limpa depois de uma lavagem com pastilhas de hortelã.
Abrindo o disco com uma canção do tipo “vamos cantar todos juntos no estádio” tão fraca como “Because We Can” já dá para sacar a presepada toda que vem a seguir. É a deixa perfeita para injetar gasolina nas ofensas endereçadas à música deles. Aí na sequência vem uma patética tentativa da banda em soar como uma mistura do Oasis com o Red Hot Chili Peppers – é, acredite se quiser – em “I'm With You”. Tive que tentar beliscar meus olhos para me certificar que este troço é de verdade...
Quando a banda envereda por baladas mais fracas que sopa de albergue noturno, então... Aí é como um convite para a irritação por parte do ouvinte que tem mais de quatro neurônios em perfeito funcionamento. O “complexo de Springsteen” continua a rolar solto em babas como “Amen”, “Thick as Thieves”, “Room at the End of the World” e “Army of One”, só que com uma pitadinha de U2, o que torna tudo ainda mais patético. Já faixas como “The Fighter”, “With These Two Hands” e “Every Road Leads Home to You” são tão saborosas quanto uma coxa de galinha temperada com pó de tijolo.
A audição deste disco chega a ser macabra e, por fim, hilariante de tão ruim. Finalmente, o Bon Jovi virou o protagonista musical de uma carreira que sempre foi, ainda é e sempre será, uma comédia sem graça em termos musicais. E mais uma vez, agora com este What About Now a banda conseguiu gravar um álbum de comédia de humor negro, só que sem um pingo de humor.
Jesus Cristo, que troço horroroso... Se quiser ouvir o disco, ele está aí embaixo, na íntegra: